luas sangram pétalas de fogo num céu nu
a noite rasga o ventre do infinito – azul
o céu revolto em noite escura, sangrando estrelas nuas
mudando as marés e as rotinas
as constelações sorrindo em insanidade divina
pétalas de luz, ágata-marinha
e como todas as noites, ainda tentamos voltar para casa
tentamos voltar para casa
ondas dançam nas coberturas dos edifícios
rosas nascem nas trincas dos precipícios
e todos os alarmes tocam diferentes notas
a chuva é calma e o vento tem todas as respostas
o vento tem as respostas
the wind has all the answers
não há mais rotas, estradas, a vida de antes
os caminhos de antes, o que éramos antes,
éramos...
hoje o firmamento não trouxe a aurora
agora já estamos em casa
definitivamente em casa...
o vento é que tem todas as respostas.
Tonho França
12 de abr. de 2008
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13 comentários:
Sabe Tonho, em meus devaneios, em todos ( na realidade a grande maioria) deixo a noite e o vento me levar à lugares que somente ali encontrarei respostas...
Muito boa su poesia...
Muito prazer em te conhecer...
Abraços
Esse vento ou é um gênio ou é um cabra muito do seu fofoqueiro, né não?? Cuidado com ele, cuidado... :-|
Abração!!!!!!!!!!1
Tonho!!!!!!!!!!!! meus comentarios não entram aqui de jeito nenhum!!!!! pera que vou tentar de novo
Palavras se alternam com poemas médios e longos, em tom reflexivo, sempre sustentando a importância do amor e celebrando a vida, no decorrer das mais variadas frases, questionando nossas (e suas) emoções). Parabéns pelo texto, pela inspiração!
Seja bem vindo ao mundo louco da blogsefera, cheguei até aqui pelas lindas mãos da nossa queridíssima Dora (Dorita, pra mim)
Um abraço!
agora sim...rs...
primeiro, minhas boas vindas!
a dorita já tinha me falado de vc, mas confesso que não liguei muito... até te conhecer mais de perto. e gostei, viu? vai ser um prazer ter vc neste mundo dos blogs.
qto ao poema... me dê mais um tempo pra me acostumar com a sua poética. é que a linguagem poetica não é minha praia. sou de prosa e prosa boba...rs... mas adoro poesia e sei que vou adorar estar aqui sempre. por enquanto, deixo meus beijos e meu desejo que vc se transforme num blogueiro tao viciado qto eu! rs...
Tonho...Queremos voltar para casa. Para nós. Para o antes. Mas, as tempestades destroem rotas "prontas"...Voltemos para casa, realizando nossas "próprias" rotas, e seguindo o vento que sopra as respostas, que devem ser muito mais poéticas, em nossos ouvidos "agora preparados" para ouvi-las.
Lindo poema.
E, se você "estranhar" essas doidices que escreveram, eu explico...rs São todas elas vindas de pessoas maravilhosas que já o acolheram, cada uma à sua maneira...
Beijos, primo-poeta!E seja bem vindo ao mundo blogueiro!
Dora
Tonho,
Chego trazido pela mão da amiga Dora. Sobre o seu poema, me concentrei no verso "o vento tem todas as respostas". E me lembrei de um filme visto na minha juventude, cujo título, tanto em português, quanto em inglês, é "O Vento Não Sabe Ler". Será? Seja bem-vindo ao mundo da blogosfera e aceite o meu abraço.
Belíssima estréia.
Coincidência... ou não... eu sempre associo "vento" ao sopro da inspiração. E ela aqui se revela nas imagens belíssimas, na cadência dos versos, na repetição apropriada de alguns elementos. O poema todo respira e inspira... sempre à espera do vento que vem e vai e volta e vem... trazendo não só as respostas, mas também as interrogações.
BEM-VINDO!
Beijos, carinho,
AdéliaTheresaCampos
PS: Êta famia boa, sô!
Tonho, vim espreitar a convite da amiga Dora, e que bom que vim!... Deve ser de família, a arte das letras em forma de bela poesia.
Que o mundo da blogosfera saiba receber vc de braços abertos, pois que certamente o vai enriquecer. :)
Abraço
Bem vindo à blogosfera, Poeta. Tendo uma primadrinha como a Dora Vilela, já estás com mais da metade do caminho percorrido.
Abraçamigo e fraterno.
Tonho! Cadê você?
Beijos.
Dora
Manozinho, o último céu vai ser o primeiro e último post do blog, é? Oxe!!!! rs
Bjin!
O vento tem mesmo todas as respostas....e nós muitas vezes não ouvimos ou fazemos de conta que não....
A Dorinha indicou e eu vim conhecer!
Bonito poema!
Um grande abraço!
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