9 de jul. de 2008

Caminhos de sol

Eu olho de frente pro sol
as sombras lapidam-se
entre pedras e assovios
mudanças de luas e estações
água calma que veste os rios

e eu sigo de frente pro sol

sei que não conheço as manhãs do futuro
percebo a beleza do improviso,
o vento que toca em meus cabelos longos
É íntimo conhecedor de destinos...

além de mim e do caminho, dentro de mim - caminho
e eu sigo de frente pro sol

nas entrelinhas é que se encontra o que foi dito
sem mapas ou rotas, só sentidos....

cíclica vida
começa, termina
espiral realidade fantasia
metafísica poesia

além de mim e do caminho, dentro de mim o caminho
É preciso olhar de frente pro sol
ser e estar de frente pro sol
ser e estar
Sol.

Tonho França

2 comentários:

Tânia disse...

Estranho como a luz nos atrae, aquece ou nos mantém na linha, por assim se dizer, necessitamos do sol/luz como fonte de energia...
Mas por vezes necessitamos das trevas da lua, para obter inspiração...

Fui contraditória né? Mas sou assim mesmo...

Que sempre haja luz e sol nos teus escritos Tonho.

Beijos

Ps.: Ainda bem né, pesei que tinha desistido.

Anônimo disse...

Adoro suas repetições, de maneiras variadas: elas apontam o foco do poema..."além de mim e do caminho, dentro de mim o caminho"...Enfim.
Um poema-conselho: é preciso olhar de frente pro sol...E o principal: ser e estar SOL.
Curto sua poética!!!!!
Beijos muitos!
Dora